Minha primeira gravidez foi super bem, não tive nem enjoo. Minha segunda gestação aparentava ser tranquila também, até que quando estava com 28 semanas tinha uma consulta de rotina. Nesse dia chovia muito minha consulta era as 17h, a 28 km de distância de minha cidade e meu marido não conseguiria ir comigo. Mas estava tudo planejado... Eu iria trabalhar até as 15h30, depois ia para casa tomar um banho e ir pra consulta, acompanhada de meu filho mais velho. Mas, os imprevistos começaram: não consegui sair no horário combinado do trabalho, me atrasei fui buscar meu filho Isaac na “tata”e acabei derrubando o carro em uma vala. Graças a Deus não me feri e uns homens tiraram meu carro e continuei. Já estava nervosa por esse episódio pensei até em não ir a consulta mas meu medico iria tirar duas semanas de férias então meio em cima da hora resolvi ir. Chamei uma amiga pra me acompanhar e fomos...
(Relatei tudo isso até aqui, porque achei importante e creio que depois vocês irão entender melhor... eu não iria na consulta, mas graças a Deus eu fui! Pois talvez fosse tarde demais se eu tivesse desistido de ir...)
Bem, em meio aos contra tempos, cheguei à consulta, tudo normal, até rimos dos "acontecidos". Porém, quando fomos pra sala de ultrassom e quando o Dr. começou o exame vi no rosto dele que não estava nada bem. No monitor não vi nada além de um borrão... Minha pequena Elisa estava no seco eu havia perdido quase todo líquido e não percebi. O Dr. fez um laudo e me encaminhou para uma maternidade a 100 km, pois era onde havia mais recursos como UTI neo natal. Segundo o Dr, eu teria que tirar minha bebê com urgência!
Nesse momento não tem palavras pra explicar o sentimento, quando cheguei na maternidade o Dr. que me atendeu disse pra enfermeira “corre e separa uma neo natal ela vai nascer”. Eu só chorava, minha cabeça não entendia eu estava tão bem e de repente tudo mudou. Então ficaram me monitorando pois havia tomado somente uma dose de duas da injeções necessárias para amadurecer o pulmão da Elisa e iriam esperar até eu tomar a outra. Nessas horas você só sabe rezar. Pedi para minha família e amigos e todos entraram em uma corrente de oração. Pedíamos intercessão de Santa Rita de Cassia e à, Nossa Senhora, Virgem Maria que olhasse pela minha Elisa.
Como eu estava estável tomei uns antibióticos para prevenir infecções, mas resolveram esperar até onde aguentássemos para o parto, pois cada dia a mais na barriga era mais chance de vida para minha filha. Então depois de quase dez dias longe de casa, com saudade de meu filho Isaac (nem tive tempo de explicar pra ele oque estava acontecendo), os médicos resolveram me mandar pra casa, porém era repouso absoluto!
As orações não pararam foram mais dois meses e meio de incertezas... pois em uma semana o líquido normalizava e de repente na outra estava crítico novamente... exame de sangue era coletado duas vezes por semana pois no surgimento de qualquer infecção a Elisa teria que nascer.
Foi inclusive em meio de orações, que foi revelado ao meu marido Ivo, que o nome de nossa filha não seria Elisa mas sim Maria Elisa, uma homenagem a nossa mãe Virgem Maria que pela sua graça fez com que eu e Maria Elisa aguentássemos firmes!
E assim com 39 semanas nosso pequeno grande milagre nasceu com 2.700 kg, forte e saudável. Só tenho a agradecer a Santa Rita e à Nossa Senhora, à Deus por esse milagre da vida e como eu sempre canto para Maria Elisa que é “So Por Ti Jesus”......♪
